segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A covardia de não saber quem se é

Acompanhando o rastro de uma notícia a respeito do Q Awards, cheguei a uma mini-resenha [na verdade só uma chamada] para o primeiro disco do grupo inglês The Rumble Strips, Girls & Weather, lançado em meados desse último setembro.




"Quem!?", eu até posso ouvir a pergunta sincera do outro lado do monitor. Poiszé, caran, eu também nunca ouvira falar da banda até a tal chamada na Q, mas com um nome foda desses [uma referência àquelas calosidades no asfalto das estradas pra acordar os motoristas vacilões], eu tinha que dar algum crédito.

Dois segundos depois, São Google me mostrava que a banda, formada por Charlie Waller [vocais e violão], Tom Gorbutt [sax, vocais e baixo], Henry Clark [trompete, vocais e piano], Matthew Wheeler [bateria] e Sam Mansbridge [baixo, vocais e tambor] não aparecera na Q por acaso [sim sim, ingleses histéricos, mas limpinhos]. Além do som bacanudo, da formação peculiar, o The Rumble Strips possui diversos singles bombados lá fora. “Singles continuam sendo a melhor forma de ampliar a visibilidade de uma banda. É bom para as pessoas que podem ter alguma coisa concreta para ouvir, levando ao lançamento de um primeiro álbum”, entrega a banda, numa entrevista por e-mail.

Mas apenas bons singles não salvam a pátria e o primeiro disco dos Strips, Girls & Weather, veio para solidificar o caminho dos rapazes.




Assim, baixei o disco e me encantei mais ainda. Na referência dada no MySpace, eles se definiram como "soul, regional mexican and powerpop". O álbum, no entanto, mostra muito mais versões da mesma banda. Diversas facetas num “corpo” só. Quando perguntei à banda sobre as minhas impressões em relação ao estilo do grupo, recebi como resposta uma sincera negação. “Nós realmente não sabemos o que somos, para sermos honestos. Ainda estamos trabalhando nisso”.

As músicas, doze petardinhos compostos e executados em bateria, violão de rancheiro, trompete e saxofone [mas também em baixo e piano], fazem você cair numa sincera dúvida: o new rave pode ter melodias felizes e letras meio down down na high society? Pode, cara, claro que pode, tudo pode nesse mundo. Mas eu falei em new rave? Falei. Quer dizer, estou falando agora. Pega aí uma cruza sonora e superficial do Klaxons com o Bob Dylan [só por causa do violão, cara...].




Mas, inclusive, não tem só new rave. Tem indie rock, tem alguma coisa de alternativo, tem 1,2,3,4. Tem uma voz forte, e backing vocals certeiros. Tem levadas de violão graciosas e precisas, batida esperta de bateria, daquele jeitinho que faz o povo pular... Mais umas letras boas, boas letras, espertas... e no meio disso tudo? Um trompete e um saxofone...

“Nós apenas tocamos os instrumentos que sabemos. Quando alguém vem com uma música nova, nós pensamos: ‘qual a melhor maneira de construir essa música? Ela vai soar melhor com metais ou no piano?’. Nós apenas experimentamos e tentamos não seguir regra nenhuma”, explicam os rapazes na entrevista concedida por e-mail.

Fácil assim? Covardia...

6 Comentários:

Blogger ana disse...

eu gostei deles. dum jeitinho despachado que me lembra outras referências.. e uma nota para aquela versão fodástica que me foi apresentada, mermão..

e fácil assim?
vosmicê fazer entrevista por email com os ingleses é que eu acho covardia.

1 de outubro de 2007 às 12:04  
Blogger oseguinte disse...

a ana leu meu pensamento..

facil assim?
eita menino danado ;)

1 de outubro de 2007 às 23:57  
Blogger Alícia Melo disse...

ô.
eu não posso nem dizer nada, eu não ouvi.
=*

2 de outubro de 2007 às 11:45  
Blogger andrea mello disse...

deixei um comentário pro seu comentário no blog da ju. [versão digital do telefone sem fio, será?]

2 de outubro de 2007 às 14:27  
Anonymous Anônimo disse...

vou anotar a banda aq no meu caderninho

2 de outubro de 2007 às 21:54  
Anonymous Anônimo disse...

interessante o post, e interessante o blog, interessantemente desinteressado.
abraço

3 de outubro de 2007 às 15:06  

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