Alala alala - gimme three wishes
(CSS no Planeta Terra – 10/11)
Sim, a Lily Allen é uma fofa. Mas perguntei as horas ao casal do lado: 10h35. Então, fui para o Indie Stage (e nem era tão perto) para ver o esperado retorno do CSS aos palcos brasileiros. O tal Indie Stage era um galpão. O show já tinha começado. Música nova (não reconheci).
O microfone da Lovefoxx estava um pouco baixo. E ela, vestida com um body (sabe o que é? Tipo um macacão, uma peça única) todo colorido e brilhante. O local estava cheio e não consegui chegar muito perto do palco. Melhor, eu gosto de espaço, e eu precisava de espaço.
Ao vivo, as músicas ficam mais rock e mais rápidas também. Além dos tradicionais hits (e olha que a banda tem apenas um disco) “Meeting Paris Hilton”, “Alcohol”, “Music is my hot hot sex”, um cover de “Pretend we´re dead”, do L7 – menos pesada que a original, mas mesmo assim, muito bacana.
A última apresentação do CSS em um festival no Brasil foi no Tim de 2004. E foi como um trauma, a banda foi supercriticada e gongada. Mesmo assim, continuou tocando no circuito independente de São Paulo (Entenda-se por circuito independente – indie – lugares como Outs, Funhouse, CB, entre outros). Talvez a escalação da banda para esse Tim tenha sido prematura. Alguns sons já bombavam na internet (leia-se Trama Virtual), mas segundo as críticas da época, as meninas ainda tocavam mal.
Pois é, um dos grandes responsáveis pelo sucesso do CSS foi Adriano Cintra, o único homem da banda. Mais velho e com mais bagagem roqueira (afinal tocou no cultuado Thee Butcher´s Orchestra), é o que tem melhor desempenho no palco. Claro que a Lovefoxx aparece mais, é a vocalista, faz gracinhas, se joga e tal. Mas musicalmente, é ele quem manda.
A banda ficou famosa pela internet, pelo “apadrinhamento” de jornalistas como Lúcio Ribeiro e Érika Palomino, que hyparam o Canseide até dizer chega. Aí somam-se a performance de palco, mais a identificação do público jovem e modernete com as músicas e letras. CSS é diversão pura, apenas isso. As letras, bem-humoradas, falam de álcool, sexo, Paris Hilton e contêm gírias típicas dos moderninhos paulistanos. Para fechar a receita, o electro-rock dançante. E pronto: temos a banda brasileira que ganhou maior projeção internacional em menos tempo.
Após o lançamento do disco, no final de 2005, a trajetória da banda rumo aos palcos internacionais foi meteórica. Contrato com a Subpop, turnê pela Europa, EUA e participação nos principais festivais de música do mundo (sim, Reading, Coachella, Lollapalloza). Lovefoxx acaba de ser eleita a 3a pessoa mais cool do mundo. Ah, e tem o casamento! O sucesso da banda no exterior pegou carona na coisa new rave (que tem como expoente a banda inglesa Klaxons): rock eletrônico para dançar e visual colorido. E não é que a Love vai se casar com Simon, do Klaxons?! Pois é. Ainda tem essa.
Voltando ao Planeta Terra: antes desse eu só tinha visto um show, em março de 2006 – no Centro Cultural Vergueiro. E adorei. De lá para cá, as coisas não mudaram muito. No meio do show, Adriano saiu da bateria e passou as baquetas para Carol, assim como faziam antes. As meninas tocam melhor sim (tanta turnê dá experiência, né?) e a platéia continua enlouquecida. Love continua uma graça, agitando muito, se jogando e trocando de roupa. Com o símbolo da paz rabiscado na cara, aproveitou as bexigas da decoração para inalar gás hélio e cantar “I wanna be your Jlo” com uma voz engraçada.
Como perdi o começo, achei que acabou muito rápido. Mas saí com a mesma sensação do show de 2006: diversão. CSS é pra dançar, se divertir, como se o mundo fosse acabar amanhã. E isso tem muito a ver com o hedonismo praticado pela juventude; talvez essa seja a explicação do sucesso no exterior. Musicalmente, não é tudo isso. O conceito do have fun é que predomina. E quem se importa?
Texto por Márcia Campos
(CSS no Planeta Terra – 10/11)
Sim, a Lily Allen é uma fofa. Mas perguntei as horas ao casal do lado: 10h35. Então, fui para o Indie Stage (e nem era tão perto) para ver o esperado retorno do CSS aos palcos brasileiros. O tal Indie Stage era um galpão. O show já tinha começado. Música nova (não reconheci).
O microfone da Lovefoxx estava um pouco baixo. E ela, vestida com um body (sabe o que é? Tipo um macacão, uma peça única) todo colorido e brilhante. O local estava cheio e não consegui chegar muito perto do palco. Melhor, eu gosto de espaço, e eu precisava de espaço.
Ao vivo, as músicas ficam mais rock e mais rápidas também. Além dos tradicionais hits (e olha que a banda tem apenas um disco) “Meeting Paris Hilton”, “Alcohol”, “Music is my hot hot sex”, um cover de “Pretend we´re dead”, do L7 – menos pesada que a original, mas mesmo assim, muito bacana.
A última apresentação do CSS em um festival no Brasil foi no Tim de 2004. E foi como um trauma, a banda foi supercriticada e gongada. Mesmo assim, continuou tocando no circuito independente de São Paulo (Entenda-se por circuito independente – indie – lugares como Outs, Funhouse, CB, entre outros). Talvez a escalação da banda para esse Tim tenha sido prematura. Alguns sons já bombavam na internet (leia-se Trama Virtual), mas segundo as críticas da época, as meninas ainda tocavam mal.
Pois é, um dos grandes responsáveis pelo sucesso do CSS foi Adriano Cintra, o único homem da banda. Mais velho e com mais bagagem roqueira (afinal tocou no cultuado Thee Butcher´s Orchestra), é o que tem melhor desempenho no palco. Claro que a Lovefoxx aparece mais, é a vocalista, faz gracinhas, se joga e tal. Mas musicalmente, é ele quem manda.
A banda ficou famosa pela internet, pelo “apadrinhamento” de jornalistas como Lúcio Ribeiro e Érika Palomino, que hyparam o Canseide até dizer chega. Aí somam-se a performance de palco, mais a identificação do público jovem e modernete com as músicas e letras. CSS é diversão pura, apenas isso. As letras, bem-humoradas, falam de álcool, sexo, Paris Hilton e contêm gírias típicas dos moderninhos paulistanos. Para fechar a receita, o electro-rock dançante. E pronto: temos a banda brasileira que ganhou maior projeção internacional em menos tempo.
Após o lançamento do disco, no final de 2005, a trajetória da banda rumo aos palcos internacionais foi meteórica. Contrato com a Subpop, turnê pela Europa, EUA e participação nos principais festivais de música do mundo (sim, Reading, Coachella, Lollapalloza). Lovefoxx acaba de ser eleita a 3a pessoa mais cool do mundo. Ah, e tem o casamento! O sucesso da banda no exterior pegou carona na coisa new rave (que tem como expoente a banda inglesa Klaxons): rock eletrônico para dançar e visual colorido. E não é que a Love vai se casar com Simon, do Klaxons?! Pois é. Ainda tem essa.
Voltando ao Planeta Terra: antes desse eu só tinha visto um show, em março de 2006 – no Centro Cultural Vergueiro. E adorei. De lá para cá, as coisas não mudaram muito. No meio do show, Adriano saiu da bateria e passou as baquetas para Carol, assim como faziam antes. As meninas tocam melhor sim (tanta turnê dá experiência, né?) e a platéia continua enlouquecida. Love continua uma graça, agitando muito, se jogando e trocando de roupa. Com o símbolo da paz rabiscado na cara, aproveitou as bexigas da decoração para inalar gás hélio e cantar “I wanna be your Jlo” com uma voz engraçada.
Como perdi o começo, achei que acabou muito rápido. Mas saí com a mesma sensação do show de 2006: diversão. CSS é pra dançar, se divertir, como se o mundo fosse acabar amanhã. E isso tem muito a ver com o hedonismo praticado pela juventude; talvez essa seja a explicação do sucesso no exterior. Musicalmente, não é tudo isso. O conceito do have fun é que predomina. E quem se importa?
Texto por Márcia Campos
1 Comentários:
nam, a seleção do Planeta Terra me pareceu bem equilibrado [ótima!]. So o fato de trazer Devo... =]~
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