Killers murdering my diseases
Estava eu numa das mil andanças pela universidade, terça-feira última, quando me deparo com um antigo conhecido que resolveu crescer e criticar as coisas sem muito fundamento. Chegou perto de mim e já foi logo dizendo:
- Natália, fiquei sabendo que você foi ao Tim Festival.
- Sim, fui sim. Cheguei ontem à noite.
- Você gostou do show do The Killers? Ouvi dizer que foi horrível!!!
- Pra mim, foi o melhor! - Respondo tentando conservar resquícios de educação.
- Me disseram que o show foi tão oco quanto a banda.
- Fazer o que, né? Pena você achar isso, porque eu fui e gostei bastante.
Pois bem, espero que esta mesma pessoa tenha a oportunidade de ler o que vou escrever agora.
Embarquei rumo a São Paulo sem muitas expectativas em relação ao festival. Não conhecia Spank Rock nem Hot Chip; considerava a emoção de ver o show da deusa Björk como um resgate da adolescência; Juliette, pra mim, mais grita, malha e encena no palco que quaisquer outras coisas; e Arctic Monkeys fedem a leite. Me restou o tal oco do The Killers.
Confesso, contei as horas para ver o bem aprumado Brandon Flowers soltar os pulmões cantando pra mim as músicas do Hot Fuss - álbum preferido. Sem decepções. Nem mesmo as três horas de atraso distribuídas ao longo de todo o evento me fizeram esquecer o propósito de estar ali.
Às 4 horas da manhã acendiam-se as luzes de Welcome e Sam's Town, letreiros colocados no palco juntamente a luzes pontuais e flores ornamentais. Uma decoração que remetia ao glamour da cidade de Las Vegas (hometown da banda) e um pouco da breguice do natal. Mas, Brandon Flowers pode tudo e, mesmo com todo mundo já frio e cansado de esperar, soube comandar como ninguém o melhor show da noite. Vestido de forma irreverente e classuda, meu deus da noite regeu sua orquestra com muita simpatia e competência, fazendo de seu concerto, o melhor do evento.
A banda iniciou o show de aproximadamente uma hora ao som de "Sam's Town" e "When You Were Young". Brandon notou no público certa frieza e soltou um charmoso "you're so quiet today", que foi seguido de "Bones". Mas, parece que só "Somebody Told Me" (um pouco mais lenta que o normal) conseguiu acordar o público de vez.
Dali pra frente não existia alma na Arena Skol Anhembi que conseguisse controlar os movimentos. A banda mesclou bem o novo álbum com o antigo, não esquecendo de "Jenny Was a Friend of Mine", "Smile Like You Mean It" e "Mr. Brightside", músicas mais animadinhas, que garantiram o sucesso do show.
Em "All These Things That I've Done", Flowers deixou por nossa conta e risco o "I got soul, but I'm not a soldier", que foi cantado em uníssono por todos os que resistiram ao sono, à fome e ao frio.
O show terminou aproximadamente às 5 horas de uma segunda-feira em que todos os que saíam do Arena Skol Anhembi só sentiam que tinha valido muito a pena a espera.
O quarteto formado por Brandon Flowers (vocal e teclados) David Keuning (guitarra), Mark Stoermer (baixo) e Ronnie Vannucci (bateria), definitivamente, não é de fazer som oco. E, a quem teve a oportunidade de ir e não foi, perdeu muita coisa sim.
Texto por Natália Vaz
Fonte das Fotos [da apresentação no RJ]: Uol
Estava eu numa das mil andanças pela universidade, terça-feira última, quando me deparo com um antigo conhecido que resolveu crescer e criticar as coisas sem muito fundamento. Chegou perto de mim e já foi logo dizendo:
- Natália, fiquei sabendo que você foi ao Tim Festival.
- Sim, fui sim. Cheguei ontem à noite.
- Você gostou do show do The Killers? Ouvi dizer que foi horrível!!!
- Pra mim, foi o melhor! - Respondo tentando conservar resquícios de educação.
- Me disseram que o show foi tão oco quanto a banda.
- Fazer o que, né? Pena você achar isso, porque eu fui e gostei bastante.
Pois bem, espero que esta mesma pessoa tenha a oportunidade de ler o que vou escrever agora.
Embarquei rumo a São Paulo sem muitas expectativas em relação ao festival. Não conhecia Spank Rock nem Hot Chip; considerava a emoção de ver o show da deusa Björk como um resgate da adolescência; Juliette, pra mim, mais grita, malha e encena no palco que quaisquer outras coisas; e Arctic Monkeys fedem a leite. Me restou o tal oco do The Killers.
Confesso, contei as horas para ver o bem aprumado Brandon Flowers soltar os pulmões cantando pra mim as músicas do Hot Fuss - álbum preferido. Sem decepções. Nem mesmo as três horas de atraso distribuídas ao longo de todo o evento me fizeram esquecer o propósito de estar ali.
Às 4 horas da manhã acendiam-se as luzes de Welcome e Sam's Town, letreiros colocados no palco juntamente a luzes pontuais e flores ornamentais. Uma decoração que remetia ao glamour da cidade de Las Vegas (hometown da banda) e um pouco da breguice do natal. Mas, Brandon Flowers pode tudo e, mesmo com todo mundo já frio e cansado de esperar, soube comandar como ninguém o melhor show da noite. Vestido de forma irreverente e classuda, meu deus da noite regeu sua orquestra com muita simpatia e competência, fazendo de seu concerto, o melhor do evento.
A banda iniciou o show de aproximadamente uma hora ao som de "Sam's Town" e "When You Were Young". Brandon notou no público certa frieza e soltou um charmoso "you're so quiet today", que foi seguido de "Bones". Mas, parece que só "Somebody Told Me" (um pouco mais lenta que o normal) conseguiu acordar o público de vez.
Dali pra frente não existia alma na Arena Skol Anhembi que conseguisse controlar os movimentos. A banda mesclou bem o novo álbum com o antigo, não esquecendo de "Jenny Was a Friend of Mine", "Smile Like You Mean It" e "Mr. Brightside", músicas mais animadinhas, que garantiram o sucesso do show.
Em "All These Things That I've Done", Flowers deixou por nossa conta e risco o "I got soul, but I'm not a soldier", que foi cantado em uníssono por todos os que resistiram ao sono, à fome e ao frio.
O show terminou aproximadamente às 5 horas de uma segunda-feira em que todos os que saíam do Arena Skol Anhembi só sentiam que tinha valido muito a pena a espera.
O quarteto formado por Brandon Flowers (vocal e teclados) David Keuning (guitarra), Mark Stoermer (baixo) e Ronnie Vannucci (bateria), definitivamente, não é de fazer som oco. E, a quem teve a oportunidade de ir e não foi, perdeu muita coisa sim.
Texto por Natália Vaz
Fonte das Fotos [da apresentação no RJ]: Uol
3 Comentários:
bom texto! e me deixou arrependido de n ter ido! =P
=***
aaaaaaaaaaaa muleeeeeeeeeque!!!
xD
tu lembra do quanto eu tava trêbada de sono enxergando "tank you" no letreiro no lugar de "Sam's town"?
aeouaheoaheoaehoaehoeuh!!!
xD
ninguem viu catpower? =~
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