sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Too fast; too furious
Por Jader Pires

Quatro shows já haviam se passado e eu estava muito cansado. Corpo, mente, alma...nada mais era como já foi um dia, ainda mais com a experiência extraterrena que tive ao ver o show da Björk (sim, ela provou não ser deste planeta). Um atraso gigantesco entre uma banda e outra me fazia sentar e esfriar o corpo. O cansaço que ia e vinha foi ficando cada vez mais potente.

O show mais esperado por mim e pela maioria do público começou por volta de 2 da manhã, com algumas horas de atraso (estava marcado para meia-noite). Holofotes como os do vídeo de Brianstorm eram a única iluminação do palco no momento em que Alex Turner apareceu com seu Arctic Monkeys, mas eu só conseguia ver silhuetas se movimentando, pois os telões laterais ao palco estavam desligados (sim, bem na hora do show principal).




A introdução à paulada começou na instrumental Sandtrap, que foi seguida pela This House Is a Circus, fazendo ouvidos zunirem nos primeiros berros do vocalista. Meus pulos acompanhavam outros milhares, todos tomados de plena exaltação em ver aqueles prodígios desferindo riffs tão rápidos.

Luzes em tons de azul e prata banhavam os quatro garotos ingleses que fizeram por merecer todo o frenesi anterior, quando uma Julliet ensandecida berrou quem aqui quer ver o arctic monkeys?! - Delírio geral tomou conta do Anhembi.

O que vimos do Arctic Monkeys no Tim Festival 2007 foi um show rápido em todos os sentidos. Acordes velozes e violentos tocados por um rapaz magro, aparentemente calmo e taciturno. Uma bateria frenética e alucinante fazendo gemer o chimbal com toda veracidade, assim como deveria ser nos curtos 50 minutos de apresentação.




Apresse-se rapaz! - Era o que eu tentava dizer a mim mesmo, tentando acompanhar os instrumentos e a bateria de músicas que a banda despejava no público, com um set executado praticamente sem pausas e/ou conversas. Brianstorm, Still Take You Home e Dancing Shoes foram levando o público ao delírio estafante quando tudo veio abaixo com Fake Tales On San Fransicso, uma das melhores músicas da banda.

Balaclava foi tocada com o dobro de velocidade fazendo cabeças entrarem em parafusos até a chegada do hit que abala qualquer festa: I Bet That You Look Good On The Dancefloor e seu refrão ignorante atestaram a ótima qualidade criativa da banda que ainda mandou Fluorescent Adolescent, e encerrou tudo com A Certain Romance, fazendo metade do público dobrar os joelhos de cansaço ou reverência.




Sem ser antipático, mas com a frieza peculiar inglesa, Alex turner interagiu com alguns Obrigados e soltando algo como Olá, nós somos os Arctic Monkeys e gostaríamos de tocar pra vocês a noite toda, mas não podemos (provavelmente alfinetando alguém pelo grande atraso do evento).

O saldo dessa viagem ligeira foram pernas bambas, voz quase ausente por completo, um celular e documento do carro perdidos, sorriso de orelha a orelha e aquele refrão na cabeça...The best you ever had is just a memory...

Fonte das Fotos: Uol

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Arctic Monkeys foi divino.
Esses atrasos me deixaram irritadíssima e o jeito foi dormir no chão sujo. Creio que a irritação foi geral.
Mal organizado sim, mas eu não me arrependo nem um segundo de ter ido.
;*

2 de novembro de 2007 às 20:17  
Anonymous Anônimo disse...

Aiai, os Arctic Monkeys... tão rápidos e tão ótimos!
Quero mais!

5 de novembro de 2007 às 17:07  

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