Da difícil arte de viver na cidade
De todas as bandas que apareceram depois do ano 2000, a única que tem meu respeito incondicional e admiração deslavada é o The Strokes. Chegava a ser complicado pensar nos discos do grupo de maneira crítica, embora me recorde que quando saiu o “First Impressions of Earth” me toquei que estava a salvo da falta de criticidade.
Achei o disco o pior do grupo, mais frágil e com menos potencial hit maker que os anteriores. Achei inclusive que a perfeição do primeiro disco, o “Is This It” estaria para sempre num limbo, sozinha e isolada. Depois o disco cresceu e amadureceu no meu ouvido, e foi simples perceber que assim como o “Be Here Now”, do Oasis, é um disco de transição, o “First...” representa uma experimentação com novas propostas dentro do Strokes.

E isso fica ainda mais claro quando escutamos o disco “Yours to Keep”, solo de Albert Hammond, Jr., guitarrista do Strokes. Ele prega uma peça em todo mundo, por duas razões maravilhosas. Vamos a elas:
1 – Ele praticamente não retoma a estética “Is This It”, mostrando independência no processo criativo;
2 – O disco não segue o novo padrão Strokes ainda não definido do “First...”.
Essas duas razões são suficientes para “justificar” o respiro criativo de Hammond, Jr. mesmo dentro de uma banda. Os boatos de que o disco solo do guitarrista seria um sinal de abandono grupo perdem força com a qualidade do material. O cara tem bala na agulha suficiente para cobrir carreira solo e banda que já planeja o quarto disco.
Mas bom mesmo é superar toda e qualquer interpretação e argumentação e se deparar com a feliz realidade de que o disco solo de Hammond, Jr. é absurdamente inspirado. Não é absurdo hypado, não é empolgação injustificada. Junto com Josh Lattanzi no baixo e Matt Romano na bateria, Albert Hammond, Jr. bate um bolão como compositor e vocalista .

As 10 músicas do disco apresentam climas e ambientações diferentes. Umas felizes, com vozes tristonhas, outras com escalas menores na melodia [levando ao sentimento de “tristeza”] e letras dispostas... Texturas das mais diversas, teclados, pianos, harmônicas, guitarras...
Mesmo sendo um fumante inveterado, Albert canta divinamente. Aliás, a voz do guitarrista é de um agudo agradável e que amplia a carga emotiva das canções. A banda é competente, baixo e bateria não inovam, mas passam longe de decepcionar. Junto disso, temos Julian Casablancas e Sean Lennon participando como instrumentistas do disco. Um apoio peculiar [no caso de Julian] e tarimbado [no caso de Sean].
Tanta empolgação é pertinente, já que o trabalho é vistoso, jovial e empolgante. Não há por que resistir a “Yours to Keep” por manha, birra ou coisa parecida. Escute e se encante. Ou não se encante. Só não deixe de escutar essas boas músicas.
E longe de perder o fôlego, Albert Hammond, Jr. já prepara um segundo disco solo, que deve sair em meados de 2008. Se seguir a proposta e tiver o encanto natural deste, já vai nascer clássico.
Parafraseando o moço, “se você não estiver procurando por um quarto disco do Strokes, esse vai ser um álbum para se apaixonar”. Concordo plenamente.
De todas as bandas que apareceram depois do ano 2000, a única que tem meu respeito incondicional e admiração deslavada é o The Strokes. Chegava a ser complicado pensar nos discos do grupo de maneira crítica, embora me recorde que quando saiu o “First Impressions of Earth” me toquei que estava a salvo da falta de criticidade.
Achei o disco o pior do grupo, mais frágil e com menos potencial hit maker que os anteriores. Achei inclusive que a perfeição do primeiro disco, o “Is This It” estaria para sempre num limbo, sozinha e isolada. Depois o disco cresceu e amadureceu no meu ouvido, e foi simples perceber que assim como o “Be Here Now”, do Oasis, é um disco de transição, o “First...” representa uma experimentação com novas propostas dentro do Strokes.

E isso fica ainda mais claro quando escutamos o disco “Yours to Keep”, solo de Albert Hammond, Jr., guitarrista do Strokes. Ele prega uma peça em todo mundo, por duas razões maravilhosas. Vamos a elas:
1 – Ele praticamente não retoma a estética “Is This It”, mostrando independência no processo criativo;
2 – O disco não segue o novo padrão Strokes ainda não definido do “First...”.
Essas duas razões são suficientes para “justificar” o respiro criativo de Hammond, Jr. mesmo dentro de uma banda. Os boatos de que o disco solo do guitarrista seria um sinal de abandono grupo perdem força com a qualidade do material. O cara tem bala na agulha suficiente para cobrir carreira solo e banda que já planeja o quarto disco.
Mas bom mesmo é superar toda e qualquer interpretação e argumentação e se deparar com a feliz realidade de que o disco solo de Hammond, Jr. é absurdamente inspirado. Não é absurdo hypado, não é empolgação injustificada. Junto com Josh Lattanzi no baixo e Matt Romano na bateria, Albert Hammond, Jr. bate um bolão como compositor e vocalista .

As 10 músicas do disco apresentam climas e ambientações diferentes. Umas felizes, com vozes tristonhas, outras com escalas menores na melodia [levando ao sentimento de “tristeza”] e letras dispostas... Texturas das mais diversas, teclados, pianos, harmônicas, guitarras...
Mesmo sendo um fumante inveterado, Albert canta divinamente. Aliás, a voz do guitarrista é de um agudo agradável e que amplia a carga emotiva das canções. A banda é competente, baixo e bateria não inovam, mas passam longe de decepcionar. Junto disso, temos Julian Casablancas e Sean Lennon participando como instrumentistas do disco. Um apoio peculiar [no caso de Julian] e tarimbado [no caso de Sean].
Tanta empolgação é pertinente, já que o trabalho é vistoso, jovial e empolgante. Não há por que resistir a “Yours to Keep” por manha, birra ou coisa parecida. Escute e se encante. Ou não se encante. Só não deixe de escutar essas boas músicas.
E longe de perder o fôlego, Albert Hammond, Jr. já prepara um segundo disco solo, que deve sair em meados de 2008. Se seguir a proposta e tiver o encanto natural deste, já vai nascer clássico.
Parafraseando o moço, “se você não estiver procurando por um quarto disco do Strokes, esse vai ser um álbum para se apaixonar”. Concordo plenamente.
esse disco está disponível aqui!
6 Comentários:
Eu nem sei quanto tempo faz que curto strokes. Acho um pouco bom.
xD
E aí Pedro? Como vão as coisas?
Comentei com vc sobre o Strokes, quando ouvi o disco do Lobão (indicado aqui por vc tbm) e, em seguida, o primeiro do Strokes. Bom, vc lembra o que eu disse não?
é, eu acho essa banda meio chata. Mas, vai saber, às vezes o chato sou eu.
um abraço
rapaz, strokes eh uma daquelas bandas que as vezes nao damos nada. mas, olhando com mais cuidado, a gnt ver o quao os caras sao uns filhos da puta, e pq eles sao importantes no cenario.
e das bandas daquele-tempo, tb considero Interpol [especialmente depois do ultimo cd]
Pedro, que banda boua, (the charlatans), não conhecia, conheci aqui. haha xD
Ae pode linkar sim!!! estamos aí para criar novos elos de informação!!
saudações sonoras!!!
Oe.
Demorei, mas finalmente pude ouvir o disco do moço (Albie). Muito bão!
De se apaixonar mesmo, uma gracinha.
Beijos.
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