sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

"Cana, é disso que eu gosto"

A banda é de Detroit, que já foi chamada de Capital Mundial do Automóvel.

O que raios isso tem a ver com o rock do The Von Bondies? Sei lá, eu acho que porra nenhuma...




Mas.......... nada melhor do que escutar um disco de rock como o Pawn Shoppe Heart, lançado em 2004, depois de um bom Lack of Communication (2001) e um Raw and Rare (2003). Esse Pawn Shoppe Heart, pense num disquinho bom... pense num negocinho bom... de primeira...

Formado [em 2004, hoje já possui uma formação bem diferente] por Jason Stollsteimer (guitarra, vocal, saco de pancada do Jack White Stripes), Carrie Smith (baixo), Don Blum (bateria) e Marcie Bolen (guitarra) essa é a chance que muita gente estava esperando para conferir boas músicas com menos de três minutos que façam pensar em fazer músicas de três minutos que façam pensar as coisas de um modo diferente.

Vem desse álbum a ótima C’mon C’mon, usada na trilha sonora daquele filme pornô chique e blasé, o estupendo Nine Songs, que mesmo curtinho e mostrando mais sexo do que muito filme de sacanagem que tem por aí [e nada contra o sexo e a sacanagem]..., é uma ótima pedida.

Mas antes de chegar na já citada canção, precisamos falar das outras duas muito boas que vêm logo antes, e para fazer jus a tudo, falar melhor ainda das outras nove que seguem a referida. É um álbum que enche os ouvidos de música boa. Esse é seu grande mérito...




Temos ótimas canções como No Regrets, Broken Man, C’mon C’mon [a melhor seqüência de abertura de álbum que eu vi em muito tempo], continua com Been Swank, pulando para a cara de pau Not That Social, que tem o refrão mais canalha dos últimos tempos, jogando na cara de um carinha que ele nem é tão sociável assim. É só o pretenso poder da cana... Toma, pé inchado! Segue com Crawl Through The Darkness, The Fever e a homônima Pawn Shoppe Heart.

O disco abre com No Regrets, que tem uma levada cadenciada, daquelas que se fosse um pouquinho mais rápida, dava pra bater cabeça. Ela tem guitarras espertas, coros como refrão espertos, baixo e bateria retos, sem muita firula.

Assim, vem Broken Man, que segue basicamente um esquema parecido. Riffs poderosos, bateria simples mas eficiente, vocais bem encaixados, alguma coisa de virtuose na guitarra solo, mas nada que fuja do conceito alternativo.

E os moços sabem aproveitar isso.

C’mon C’mon é um charme... refrão pegajoso, versos bem construídos, interlúdio bem arranjado, bateria aparecendo na medida certa. Bem charmosa.




No resto do álbum impera a criatividade. Como alguém definiu por aí, o Von Bondies é um grupo de garage punk rock, e se alguém souber o que é isso, me avise. Fugindo da catalogação desnecessária, a maneira como o Von Bondies se mostra, a energia e o "somos alternativos, mas nem precisa dizer, acho que você percebe, hã?" abre espaço para muita coisa. E aí sai um disco foda como esse.

O Von Bondies passou um período de entre-safra de 2004 até agora 2008, quando lançou o EP chamado We Are Kamikazes. O album Love, Hate and Then There's You deve sair até maio. Mal posso esperar.




este disco está disponível aqui!

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Tá escrevendo bem, truta! É a cana?
:)
Em vez do Iron, podia ter esse disco aí pra gente ouvir enquanto lê o texto, hein?
Em 2008, novas pautas da colaboradora pheena, aguardemmm!
Bjs.

15 de janeiro de 2008 às 15:01  
Anonymous Anônimo disse...

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15 de janeiro de 2008 às 15:01  
Anonymous Anônimo disse...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

16 de janeiro de 2008 às 04:46  

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